Passou me uma ideia...talvez seja um idiota...uma pessoa que tem muitas ideias....
Bem a ideia é simples. Manter a linha de costa protegida com areal...à estilo holandes...
Todos os anos será necessário encher com areia as praias, ou poderá ser necessário por este andar...
Bem então a minha proposta é, em vez de encomendar um armador ( embarcação )estrangeira, que seja fabricado em portugal, quer tem grandes conhecimentos e técnicos especializados nas áreas ambiental e na área da marinha e nautica, um navio com a capacidade de repor as areias.
Pontos positivos
-Estamos a criar postos de trabalho.-Somos autónomos.
-Somos Automonos
-Precisaremos várias vezes deste navio para outras zonas risco
-Temos mais tempo para implementar soluções de recuperação e sensibilização
-Podemos fazer este trabalho a nível mundial ( tornarmo-nos especialistas ) fazendo assim mais encaixe economico...
São só ideias....
telmodanielrodrigues3@hotmail.com
Friday, May 18, 2007
Tuesday, May 8, 2007
Caparica sobre olhos de ver...
Sensibilização ambiental
A linha de costa da Caparica tem vindo e vai modificar-se gradualmente. A intensidade das tempestades dos últimos anos tornou mais que evidente, que é necessário criar uma estratégia para minimizar estes impactos ou de uma forma ainda mais interventiva, resolvê-los. Estes casos de diferente natureza, necessitam urgentemente de uma postura séria por parte do Ministério do Ambiente, neste caso também o INAG e o Instituto de conservação da Natureza.
Como nos revelou, Telmo rodrigues, estudante de Engª do Ambiente na Universidade Nova de Lisboa-Faculdade de Ciências e Tecnologia no Monte da Caparica, ex-nadador salvador, surfista e também filho de um concessionário.
"Existem duas zonas problema, de origem diferente) problemas diferentes, e logo com duas soluções diferentes.
A primeira, a zona de S. João da Caparica, onde há pouco mais que uma semana o mar mostrou a sua força, atirou com pedras de tamanhos consideráveis, abriu caminho até o parque de campismo da Inatel e removeu os milhares de toneladas que as dispendiosas máquinas depositaram frente ao Pé Nú. Nesta zona, pouco há a fazer em matéria de conservação da área dunar, é um facto, por muito infeliz que seja teremos todos que o admitir. É tempo de agir enquanto (existe) areia e zona dunar, mas sem dúvida que a intervenção passará obrigatoriamente por engenharia pesada, ou seja a continuação do paredão da Caparica até ao pontão da Cova do Vapor. A areia que se pretende depositar é uma solução, mas será que resolverá de vez, algumas dúvidas subsistem, já que toda a costa sofre de problemas de perda de areia, desde a fonte telha a s.joão, porquê arriscar na zona mais degrada, e o resto da costa toda, também se pensa colocar areia nas praias mais a sul? Seria dispendioso!
Uma prioridade para a Protecção Civil intervir? Mas algo tem de ser feito, muitas vezes é esse o problema, tantas entidades e ninguém dá o primeiro passo, medo do superior ou outros interesses por trás, eis a questão. (Cresce na população e nas pessoas que se vêem ultrajadas com esta falta de acção, a dúvida e a falta de confiança. Parte da irresponsabilidade dos imputados o facto de não se apostar num trabalho ... ) Mas que é uma falta de responsabilidade não existir um trabalho mais operacional, rápido e interventivo comunicado conscientemente à (aos interessados) população local, haverá dúvidas".
Ao visualizar os impactos, (deixados pela noite do temporal) no dia após a noite do temporal, Telmo refere ter falado com o adjunto do Capitão do Porto de Lisboa, da Marinha Portuguesa, que por sua vez terá sido chamado a deslocar-se para dar a conhecer às autoridades o ponto de situação, que terá levado a decidir uma intervenção rápida para proteger o parque de campismo. ( o que prova que quando é necessário existem meios para agir. Porque não fazê-lo no tempo certo?)
A segunda zona, a zona dunar onde se situam os bares de praia da zona sul das praias da caparica. Zona de prevenção e medidas mitigadoras. MAS ONDE ESTÃO!!! Aí a responsabilidade tem de ser partilhada pelos concessionários, pelo do ministério do ambiente, e também pela polícia marítima e até pelo I.S.N., mas também por em todos nós portugueses, por nos deixarmos andar ao sabor da maré, em vez de nos associarmos e tomarmos decisões em conjunto. Ainda existe o paradigma de pertencer a uma associação, e de sermos interactivos, em vez de passivos na nossa sociedade, infelizmente.
Bem primeiro e por partes, e importante dar a conhecer o fenómeno, ou os fenómenos que actuam em conjunto, pensar e tirar conclusões.
Não é preciso ter conhecimentos na área de biologia, climatologia e de dinâmica daqueles solos, nada mais para qualquer pessoa que ao observar uma duna não possa sentir, é simples, uma duna não são apenas os caniços verdes, mas toda a área circundante, incluindo a base, que é a zona de crescimento ou renovação, também conhecida por ante-duna.
O problema aqui é um fénomeno de explosão de veraneantes, que desconhecendo ou não estes conceitos, invade as dunas para se abrigar nas dunas ou namorar, trilha caminhos saíndo fora das passadeiras e pontes construidas para proteger as dunas, para chegar mais depressa à praia - com as suas carregadas lancheiras - deixando escapar a verdadeira essência da ida á praia, fazer exercício, respirar ar e iodo!
Ao invés estamos é assim a contribuir para que ano a ano as dunas fiquem trilhadas e enfraquecidas, e a dar um aumento na percentagem da estatística, do número de obesos da população portuguesa, o que pode indicar uma má educação, e politica sobre a nutrição e a pratica desportiva, isto quando na maioria dos clubes de desporto, existe uma tasca, associada dentro do próprio clube, como se vosso compatível uma intersecção saudável entre estes dois conjuntos. Também se podiam vender cereais com leite também, em vez de apenas bolos nos cafés para pequeno almoço! Fibras e cereais em vez de açúcares, mais barato e melhor para o organismo. E depois quem é que na Europa se dá ao luxo de comer pequeno almoço fora de casa. Não admira não existir poupança. Não admira, o mau físico, estando nós entregues à vida de pastelaria! Estamos a tornarmo-nos em pastéis, e cada vez mais temos menos jovens saudáveis. È impressionante a inércia e moleza que os políticos e o povo destes pais tem, primeiro a tomar decisões e segundo ao tomar caminhos de consciencialização social e moral, ultrapassando claramente os conceitos mais recentes, ecológicos. Presos a tradições, barrigas grandes, ou a aristocracia, arriscamo-nos a perder muito, no turismo, na própria vivência como indivíduos, e na partilha de Portugal ao mundo. A televisão, as telenovelas e a nova cultura Pop barata da chamada Televisão número 4, com programas interessantes, talk-show´s, novelas, morangos com açúcar… nada favorece, o desenvolvimento como indivíduos, e de um pais intelectual, e assim teremos que assistir a cada ano que passa a ver os nossos melhores talentos na ciência, dos melhores do mundo, a vender-se, como acontece na maioria das faculdades, e com os protocolos que as universidades portuguesas assinam com outras, de países onde a indústria está mais fortemente associada, como aconteceu á pouco na minha faculdade. Oxalá, o registo de patentes esteja do lado do indivíduo e não do lado das grandes companhias, o que é difícil já que são elas que pagam as investigações, sejam prudentes senhores investigadores.
Voltando ao ÂMBITO deste artigo…..
Com o passar dos anos as dunas enfraquecem, mais e mais, e as grandes tempestades de oeste, ventos de mar, encarregam-se de acelarar a erosão natural, devido à pressão do mamífero Homem. As dunas são um indicador social do país. Felizmente novas politicas, como a lei anti-tabaco, protege os que amam o ar puro, e a mente sã, seguindo infelizmente talvez mais a tendência da Europa, que as suas próprias motivações. Oxalá se cumpra a legislação com multas pesadas para quem não cumpra!
"Há dois anos, quando fui nadador salvador, vedei o acesso ás dunas de um dos lados da concessão onde estava a trabalhar, perto da praia do Rei, depois de ter observado este fenómeno. Vestindo a pele de um cientista a decidi realizar uma experiência, ou de um policia a investigar uma zona de crime, evitei ao máximo que essa área fosse pisada ou utilizada para abrigo do vento e o resultado foi nova vegetação na ante-duna, uma intocada área, a única em kilómetros de extensão na ante duna durante o mês de Junho, o primeiro da época balnear. Fiquei contente por perceber que o fenómeno não era assim tão complicado e poderia ser feita uma pequena intervenção com gastos mínimos de 10 euros por cada intervalo de 50 a 100 metros distância, para proteger a duna. Os materiais utilizados foram: corda retina usada em salvamentos e paus de madeira que estavam sem utilização na área do concessionário, colocados imaginem só, enquanto Portugal jogava com a Grécia no Europeu de Futebal. Pensei e bem, que estava a fazer um bem maior, do que assistir ao jogo. Ao invés de assistir à derrota de Portugal pude desfrutar da sensação de fazer, pelas próprias mãos, algo útil a todos e à natureza. Com este artigo, o que pretendo é dar a conhecer os fenómenos, alertar e pedir às pessoas que deixem um pouco da praia aos seus filhos, e diferenciar as duas zonas de intervenção a fazer. São apenas observações-teses, sem dados experimentais de estudos aprofundados de natureza académica ou políticos, empíricos portanto, mas uma coisa é certa todos somos culpados pela praia estar a desaparecer, ora que vai e circula nessa zonas ora quem nada faz, e é aí precisamente que penso que as autoridades que refiro poderiam, e devem ter um papel muito importante a desempenhar nesta área.
Primeiro porque é preciso continuar a insistir na sensibilização ambiental, já que como povo temos tendência a encurtar caminho, segundo porque é necessário criar alguma legislação que proteja estes sistemas vivos e dinâmicos, as dunas, delimitando áreas, intervindo no terreno, e protegendo, e para isso são precisos meios e organismos legais que o façam, e também é preciso vontade. Organismos legais como o I.S.N. que forme clubes de Life Saving Surf - Surf nadadores salvadores, com o apoio da população, para melhor vigilância e protecção da Área de praia, um pouco como os escuteiros do mar, que desenvolvam iniciativas, que participem como voluntários, e que o testemunho passe de geração em geração, criando assim uma família" e um espírito de conservação da natureza e desportivo entre várias camadas etárias. Desta forma, caberia á policia marítima patrulhar melhor a zona dunar, em conjunto com o I.C.N. em vez dos nadadores salvadores já que estes teriam outro tipo de back up ( não existe nenhum de momento ), formação e postura.
A vontade, caberia talvez a todos nós, juntamente com os concessionários em iniciar este processo, já que o enfraquecido I.C.N. e o militarismo da Policia Marítima são uma barreira a este desenvolvimento social e importante para o futuro e desenvolvimento desta zona. " Já não é novidade, que os utentes de um espaço público e protegido, deixem um pequeno donativo pela sua utilização.
A política a implementar é utilizar sem estragar e ainda contribuir para a melhoria das áreas das quais se tira proveito.
Numa viagem que fiz, ao entrar em terras Maori, na Nova Zelândia, para aceder à praia, deixei um pequeno donativo numa caixa, e em zonas selvagens de trilhos de montanha, o instituto de conservação também constrói albergues para os montanhistas onde se pode pernoitar por 5 dólares Neozelandeses, cerca de dois euros e meio, o que é fabuloso. O posto de turismo passa assim a posto de conservação da natureza onde se fazem as marcações e se paga para acampar na montanha ou dormir na cabana.
Infelizmente ainda não sei acerca de nada destes tipos de albergue mas penso que é mais uma ideia que posso partilhar convosco fugindo ao tema principal mas alertando que é possível utilizar sem estragar.
Parece resultar, já que essas pequenas receitas são suficientes para criar receitas para a conservação dessas zonas, permitir e consciencializar as pessoas a visitarem sem perturbar zonas de alto interesse turístico e reserva ecológica. A lógica pode não tem de ser pagar para utilizar, já que se trata de um projecto de reconstrução e protecção dunas, colocando avisos, e vedando áreas, talvez um projecto por donativos, cedência de materiais, voluntariado ( jovens e não jovens).
Partilho convosco o que sei, porque talvez possamos um dia tomar uma decisão e tentar inverter o rumo dos acontecimentos, que é por inércia nossa, a perda da praia, recentemente classificada como praia dourada -a melhor frente de praia da Europa, recentemente anunciado pela Quercus.
As ultimas sugestões:
1 - Senhores concessionários, pensem bem, apostem na sensibilização ambiental, evitem pôr chapéus de palha nas dunas ( como na praia da Morena, Castelo etc ) e apostem em criar a vossa própria estrutura de sensibilização aos vossos clientes, estarei aqui se precisarem.
2 -O Polis por isto mesmo deveria incluir este tipo de intervenção, física sim com as infra-estruturas do pólo de nadadores salvadores, e até um parque com espécies endemias desta faixa, tipo o jardim dos cactos ou algo parecido, onde se pague para entrar, criando assim um local diferente para contrastar com a feia arquitectura e estado de conservação dos edifícios, sobretudo pela mudança que traria em termos sociais. Porque não existirem multas, em locais onde se considera importante manter o estado de conservação das casas e imóveis nas áreas turísticas, obrigando assim os moradores a pintarem as suas casas e muros exteriores, a costa sobretudo quando se vai na via para as praias a sul está um caos autentico. Já para não falar no alinhamento dos muros!
A tal imagem do nadador salvador, sentado, dependente dos bares de praia tem de mudar, e para isso é preciso haver mudanças na forma como toda essa estrutura está organizada. “Life Saving Clubs”, procurem na internet. È um assunto que me toca muito, já que conto com mais de 100 salvamento e não posso desempenhar, partilhar, o que aprendi, etc porque não existem estruturas…..já para não alar dos jogos tipo Iron Men, as jornadas, simplesmente espectaculares…triatle, etc…
3- A C.M.A. tem de rever a sua politica de ambiente, sobretudo em relação a protecção dunar. Imagine-se que os tractores da C.M.A. ou da empresa que faz a limpeza da praia passa tão rente ás dunas que impede o crescimento da ante-duna, assim o processo referido em cima, torna-se ainda mais impossível de revitalizar, já que o arado do atrelado do tractor entra em profundidade. Ao remexer a areia, arranca as raízes, desidrata o solo, impedindo assim uma boa formação dunar por completo. Na tentativa de alertar e tornar sensível, para este problema, abordei o técnico da C.M.A, um homem de barbas com atitude descontraída, informei-o. A resposta que obtive foi uma pergunta:
- e o lixo?
E eu Informei, mas a gestão da Câmara é a curto prazo ou deve pensar em preservar este local. Ele disse que o que as pessoas queriam era ver a praia sem lixo….fiquei petrificado, é que ao mesmo tempo fez aquele sorriso….
Pois bem, senhores utentes da praia, viram as noticias, tem todos uma opinião formada concerteza, façam algo pois daqui a uns poucos anos seram as dunas das praia mais a sul a sofrer deste problema! O mar a invadir e a chegar linha do comboio, onde de futuro estarão os bares de praia previstos pelo Polis! Muito engraçado!
È engraçado também que o Polis visa remover os bares de praia para proteger as Dunas, mas durante o processo de transição nada fez! Com os milhares de contos que vai gastar a repor areias de um local, impossível de recuperar, está a deixar-se desmazelar em apostar em proteger outros locais. Que crime. Sr. Ministro do ambiente abra esses olhos, saia do gabinete. Como pode dizer que as praias de S.João ficariam descaracterizadas se elas pouco existem ou seja já o estão?
È preciso investir no desporto, é importante investir na sensibilização, é importante que os cidadãos se unam nestas causas, é que somos tão básicos!!!
Do que é que estam à espera! Façam os seus comentários….basta escrever, basta enviar, denunciem, falem, exprimam-se, não deixem passar estas coisas passar, basta isso!
4- A última matéria a que gostava de propor, umas sugestões. A primeira é que os cidadãos que estam contra a ida dos parques de campismo para o pinhal do inglês que ergam a sua voz. É que parece que não, nós residentes da Charneca da Caparica estamos dispostos a criar o nosso próprio parque de campismo, certo? Estamos dispostos a ter um parque de campismo, quem sabe em parceria com o I.C.N. como no caso que referi em cima na NZ, com bengalows, que permita caravanismo, que permita o turismo fluido, ou seja que no máximo cada campista fique uma semana, para evitar a residência efectiva, de pessoas ( sócios ) . Pois é porque é que vem para a nossa freguesia um parque de um clube que nem pertence a esta freguesia? Que condições pensariam eles em vir se tivesses essa pequena hipótese? Permitir este tipo de utilização ou apenas ganhar e facturar alugando os espaços ao ano!!!!? Pois é e porque é que a GnR tem direito a parques de campismo! Porque é que existem direitos para as forças armadas, que os outros cidadãos não têm?? Seram as outras profissões menos dignas?
Já tem alguma coisa para fazer! Pensem e mexam-se, afinal de contas este é o vosso país! Lutem por vocês e sobretudo pela próxima geração.
Telmo Daniel – Escrita “Ambiental e Social e criativa”
telmodanielrodrigues3@hotmail.com
A linha de costa da Caparica tem vindo e vai modificar-se gradualmente. A intensidade das tempestades dos últimos anos tornou mais que evidente, que é necessário criar uma estratégia para minimizar estes impactos ou de uma forma ainda mais interventiva, resolvê-los. Estes casos de diferente natureza, necessitam urgentemente de uma postura séria por parte do Ministério do Ambiente, neste caso também o INAG e o Instituto de conservação da Natureza.
Como nos revelou, Telmo rodrigues, estudante de Engª do Ambiente na Universidade Nova de Lisboa-Faculdade de Ciências e Tecnologia no Monte da Caparica, ex-nadador salvador, surfista e também filho de um concessionário.
"Existem duas zonas problema, de origem diferente) problemas diferentes, e logo com duas soluções diferentes.
A primeira, a zona de S. João da Caparica, onde há pouco mais que uma semana o mar mostrou a sua força, atirou com pedras de tamanhos consideráveis, abriu caminho até o parque de campismo da Inatel e removeu os milhares de toneladas que as dispendiosas máquinas depositaram frente ao Pé Nú. Nesta zona, pouco há a fazer em matéria de conservação da área dunar, é um facto, por muito infeliz que seja teremos todos que o admitir. É tempo de agir enquanto (existe) areia e zona dunar, mas sem dúvida que a intervenção passará obrigatoriamente por engenharia pesada, ou seja a continuação do paredão da Caparica até ao pontão da Cova do Vapor. A areia que se pretende depositar é uma solução, mas será que resolverá de vez, algumas dúvidas subsistem, já que toda a costa sofre de problemas de perda de areia, desde a fonte telha a s.joão, porquê arriscar na zona mais degrada, e o resto da costa toda, também se pensa colocar areia nas praias mais a sul? Seria dispendioso!
Uma prioridade para a Protecção Civil intervir? Mas algo tem de ser feito, muitas vezes é esse o problema, tantas entidades e ninguém dá o primeiro passo, medo do superior ou outros interesses por trás, eis a questão. (Cresce na população e nas pessoas que se vêem ultrajadas com esta falta de acção, a dúvida e a falta de confiança. Parte da irresponsabilidade dos imputados o facto de não se apostar num trabalho ... ) Mas que é uma falta de responsabilidade não existir um trabalho mais operacional, rápido e interventivo comunicado conscientemente à (aos interessados) população local, haverá dúvidas".
Ao visualizar os impactos, (deixados pela noite do temporal) no dia após a noite do temporal, Telmo refere ter falado com o adjunto do Capitão do Porto de Lisboa, da Marinha Portuguesa, que por sua vez terá sido chamado a deslocar-se para dar a conhecer às autoridades o ponto de situação, que terá levado a decidir uma intervenção rápida para proteger o parque de campismo. ( o que prova que quando é necessário existem meios para agir. Porque não fazê-lo no tempo certo?)
A segunda zona, a zona dunar onde se situam os bares de praia da zona sul das praias da caparica. Zona de prevenção e medidas mitigadoras. MAS ONDE ESTÃO!!! Aí a responsabilidade tem de ser partilhada pelos concessionários, pelo do ministério do ambiente, e também pela polícia marítima e até pelo I.S.N., mas também por em todos nós portugueses, por nos deixarmos andar ao sabor da maré, em vez de nos associarmos e tomarmos decisões em conjunto. Ainda existe o paradigma de pertencer a uma associação, e de sermos interactivos, em vez de passivos na nossa sociedade, infelizmente.
Bem primeiro e por partes, e importante dar a conhecer o fenómeno, ou os fenómenos que actuam em conjunto, pensar e tirar conclusões.
Não é preciso ter conhecimentos na área de biologia, climatologia e de dinâmica daqueles solos, nada mais para qualquer pessoa que ao observar uma duna não possa sentir, é simples, uma duna não são apenas os caniços verdes, mas toda a área circundante, incluindo a base, que é a zona de crescimento ou renovação, também conhecida por ante-duna.
O problema aqui é um fénomeno de explosão de veraneantes, que desconhecendo ou não estes conceitos, invade as dunas para se abrigar nas dunas ou namorar, trilha caminhos saíndo fora das passadeiras e pontes construidas para proteger as dunas, para chegar mais depressa à praia - com as suas carregadas lancheiras - deixando escapar a verdadeira essência da ida á praia, fazer exercício, respirar ar e iodo!
Ao invés estamos é assim a contribuir para que ano a ano as dunas fiquem trilhadas e enfraquecidas, e a dar um aumento na percentagem da estatística, do número de obesos da população portuguesa, o que pode indicar uma má educação, e politica sobre a nutrição e a pratica desportiva, isto quando na maioria dos clubes de desporto, existe uma tasca, associada dentro do próprio clube, como se vosso compatível uma intersecção saudável entre estes dois conjuntos. Também se podiam vender cereais com leite também, em vez de apenas bolos nos cafés para pequeno almoço! Fibras e cereais em vez de açúcares, mais barato e melhor para o organismo. E depois quem é que na Europa se dá ao luxo de comer pequeno almoço fora de casa. Não admira não existir poupança. Não admira, o mau físico, estando nós entregues à vida de pastelaria! Estamos a tornarmo-nos em pastéis, e cada vez mais temos menos jovens saudáveis. È impressionante a inércia e moleza que os políticos e o povo destes pais tem, primeiro a tomar decisões e segundo ao tomar caminhos de consciencialização social e moral, ultrapassando claramente os conceitos mais recentes, ecológicos. Presos a tradições, barrigas grandes, ou a aristocracia, arriscamo-nos a perder muito, no turismo, na própria vivência como indivíduos, e na partilha de Portugal ao mundo. A televisão, as telenovelas e a nova cultura Pop barata da chamada Televisão número 4, com programas interessantes, talk-show´s, novelas, morangos com açúcar… nada favorece, o desenvolvimento como indivíduos, e de um pais intelectual, e assim teremos que assistir a cada ano que passa a ver os nossos melhores talentos na ciência, dos melhores do mundo, a vender-se, como acontece na maioria das faculdades, e com os protocolos que as universidades portuguesas assinam com outras, de países onde a indústria está mais fortemente associada, como aconteceu á pouco na minha faculdade. Oxalá, o registo de patentes esteja do lado do indivíduo e não do lado das grandes companhias, o que é difícil já que são elas que pagam as investigações, sejam prudentes senhores investigadores.
Voltando ao ÂMBITO deste artigo…..
Com o passar dos anos as dunas enfraquecem, mais e mais, e as grandes tempestades de oeste, ventos de mar, encarregam-se de acelarar a erosão natural, devido à pressão do mamífero Homem. As dunas são um indicador social do país. Felizmente novas politicas, como a lei anti-tabaco, protege os que amam o ar puro, e a mente sã, seguindo infelizmente talvez mais a tendência da Europa, que as suas próprias motivações. Oxalá se cumpra a legislação com multas pesadas para quem não cumpra!
"Há dois anos, quando fui nadador salvador, vedei o acesso ás dunas de um dos lados da concessão onde estava a trabalhar, perto da praia do Rei, depois de ter observado este fenómeno. Vestindo a pele de um cientista a decidi realizar uma experiência, ou de um policia a investigar uma zona de crime, evitei ao máximo que essa área fosse pisada ou utilizada para abrigo do vento e o resultado foi nova vegetação na ante-duna, uma intocada área, a única em kilómetros de extensão na ante duna durante o mês de Junho, o primeiro da época balnear. Fiquei contente por perceber que o fenómeno não era assim tão complicado e poderia ser feita uma pequena intervenção com gastos mínimos de 10 euros por cada intervalo de 50 a 100 metros distância, para proteger a duna. Os materiais utilizados foram: corda retina usada em salvamentos e paus de madeira que estavam sem utilização na área do concessionário, colocados imaginem só, enquanto Portugal jogava com a Grécia no Europeu de Futebal. Pensei e bem, que estava a fazer um bem maior, do que assistir ao jogo. Ao invés de assistir à derrota de Portugal pude desfrutar da sensação de fazer, pelas próprias mãos, algo útil a todos e à natureza. Com este artigo, o que pretendo é dar a conhecer os fenómenos, alertar e pedir às pessoas que deixem um pouco da praia aos seus filhos, e diferenciar as duas zonas de intervenção a fazer. São apenas observações-teses, sem dados experimentais de estudos aprofundados de natureza académica ou políticos, empíricos portanto, mas uma coisa é certa todos somos culpados pela praia estar a desaparecer, ora que vai e circula nessa zonas ora quem nada faz, e é aí precisamente que penso que as autoridades que refiro poderiam, e devem ter um papel muito importante a desempenhar nesta área.
Primeiro porque é preciso continuar a insistir na sensibilização ambiental, já que como povo temos tendência a encurtar caminho, segundo porque é necessário criar alguma legislação que proteja estes sistemas vivos e dinâmicos, as dunas, delimitando áreas, intervindo no terreno, e protegendo, e para isso são precisos meios e organismos legais que o façam, e também é preciso vontade. Organismos legais como o I.S.N. que forme clubes de Life Saving Surf - Surf nadadores salvadores, com o apoio da população, para melhor vigilância e protecção da Área de praia, um pouco como os escuteiros do mar, que desenvolvam iniciativas, que participem como voluntários, e que o testemunho passe de geração em geração, criando assim uma família" e um espírito de conservação da natureza e desportivo entre várias camadas etárias. Desta forma, caberia á policia marítima patrulhar melhor a zona dunar, em conjunto com o I.C.N. em vez dos nadadores salvadores já que estes teriam outro tipo de back up ( não existe nenhum de momento ), formação e postura.
A vontade, caberia talvez a todos nós, juntamente com os concessionários em iniciar este processo, já que o enfraquecido I.C.N. e o militarismo da Policia Marítima são uma barreira a este desenvolvimento social e importante para o futuro e desenvolvimento desta zona. " Já não é novidade, que os utentes de um espaço público e protegido, deixem um pequeno donativo pela sua utilização.
A política a implementar é utilizar sem estragar e ainda contribuir para a melhoria das áreas das quais se tira proveito.
Numa viagem que fiz, ao entrar em terras Maori, na Nova Zelândia, para aceder à praia, deixei um pequeno donativo numa caixa, e em zonas selvagens de trilhos de montanha, o instituto de conservação também constrói albergues para os montanhistas onde se pode pernoitar por 5 dólares Neozelandeses, cerca de dois euros e meio, o que é fabuloso. O posto de turismo passa assim a posto de conservação da natureza onde se fazem as marcações e se paga para acampar na montanha ou dormir na cabana.
Infelizmente ainda não sei acerca de nada destes tipos de albergue mas penso que é mais uma ideia que posso partilhar convosco fugindo ao tema principal mas alertando que é possível utilizar sem estragar.
Parece resultar, já que essas pequenas receitas são suficientes para criar receitas para a conservação dessas zonas, permitir e consciencializar as pessoas a visitarem sem perturbar zonas de alto interesse turístico e reserva ecológica. A lógica pode não tem de ser pagar para utilizar, já que se trata de um projecto de reconstrução e protecção dunas, colocando avisos, e vedando áreas, talvez um projecto por donativos, cedência de materiais, voluntariado ( jovens e não jovens).
Partilho convosco o que sei, porque talvez possamos um dia tomar uma decisão e tentar inverter o rumo dos acontecimentos, que é por inércia nossa, a perda da praia, recentemente classificada como praia dourada -a melhor frente de praia da Europa, recentemente anunciado pela Quercus.
As ultimas sugestões:
1 - Senhores concessionários, pensem bem, apostem na sensibilização ambiental, evitem pôr chapéus de palha nas dunas ( como na praia da Morena, Castelo etc ) e apostem em criar a vossa própria estrutura de sensibilização aos vossos clientes, estarei aqui se precisarem.
2 -O Polis por isto mesmo deveria incluir este tipo de intervenção, física sim com as infra-estruturas do pólo de nadadores salvadores, e até um parque com espécies endemias desta faixa, tipo o jardim dos cactos ou algo parecido, onde se pague para entrar, criando assim um local diferente para contrastar com a feia arquitectura e estado de conservação dos edifícios, sobretudo pela mudança que traria em termos sociais. Porque não existirem multas, em locais onde se considera importante manter o estado de conservação das casas e imóveis nas áreas turísticas, obrigando assim os moradores a pintarem as suas casas e muros exteriores, a costa sobretudo quando se vai na via para as praias a sul está um caos autentico. Já para não falar no alinhamento dos muros!
A tal imagem do nadador salvador, sentado, dependente dos bares de praia tem de mudar, e para isso é preciso haver mudanças na forma como toda essa estrutura está organizada. “Life Saving Clubs”, procurem na internet. È um assunto que me toca muito, já que conto com mais de 100 salvamento e não posso desempenhar, partilhar, o que aprendi, etc porque não existem estruturas…..já para não alar dos jogos tipo Iron Men, as jornadas, simplesmente espectaculares…triatle, etc…
3- A C.M.A. tem de rever a sua politica de ambiente, sobretudo em relação a protecção dunar. Imagine-se que os tractores da C.M.A. ou da empresa que faz a limpeza da praia passa tão rente ás dunas que impede o crescimento da ante-duna, assim o processo referido em cima, torna-se ainda mais impossível de revitalizar, já que o arado do atrelado do tractor entra em profundidade. Ao remexer a areia, arranca as raízes, desidrata o solo, impedindo assim uma boa formação dunar por completo. Na tentativa de alertar e tornar sensível, para este problema, abordei o técnico da C.M.A, um homem de barbas com atitude descontraída, informei-o. A resposta que obtive foi uma pergunta:
- e o lixo?
E eu Informei, mas a gestão da Câmara é a curto prazo ou deve pensar em preservar este local. Ele disse que o que as pessoas queriam era ver a praia sem lixo….fiquei petrificado, é que ao mesmo tempo fez aquele sorriso….
Pois bem, senhores utentes da praia, viram as noticias, tem todos uma opinião formada concerteza, façam algo pois daqui a uns poucos anos seram as dunas das praia mais a sul a sofrer deste problema! O mar a invadir e a chegar linha do comboio, onde de futuro estarão os bares de praia previstos pelo Polis! Muito engraçado!
È engraçado também que o Polis visa remover os bares de praia para proteger as Dunas, mas durante o processo de transição nada fez! Com os milhares de contos que vai gastar a repor areias de um local, impossível de recuperar, está a deixar-se desmazelar em apostar em proteger outros locais. Que crime. Sr. Ministro do ambiente abra esses olhos, saia do gabinete. Como pode dizer que as praias de S.João ficariam descaracterizadas se elas pouco existem ou seja já o estão?
È preciso investir no desporto, é importante investir na sensibilização, é importante que os cidadãos se unam nestas causas, é que somos tão básicos!!!
Do que é que estam à espera! Façam os seus comentários….basta escrever, basta enviar, denunciem, falem, exprimam-se, não deixem passar estas coisas passar, basta isso!
4- A última matéria a que gostava de propor, umas sugestões. A primeira é que os cidadãos que estam contra a ida dos parques de campismo para o pinhal do inglês que ergam a sua voz. É que parece que não, nós residentes da Charneca da Caparica estamos dispostos a criar o nosso próprio parque de campismo, certo? Estamos dispostos a ter um parque de campismo, quem sabe em parceria com o I.C.N. como no caso que referi em cima na NZ, com bengalows, que permita caravanismo, que permita o turismo fluido, ou seja que no máximo cada campista fique uma semana, para evitar a residência efectiva, de pessoas ( sócios ) . Pois é porque é que vem para a nossa freguesia um parque de um clube que nem pertence a esta freguesia? Que condições pensariam eles em vir se tivesses essa pequena hipótese? Permitir este tipo de utilização ou apenas ganhar e facturar alugando os espaços ao ano!!!!? Pois é e porque é que a GnR tem direito a parques de campismo! Porque é que existem direitos para as forças armadas, que os outros cidadãos não têm?? Seram as outras profissões menos dignas?
Já tem alguma coisa para fazer! Pensem e mexam-se, afinal de contas este é o vosso país! Lutem por vocês e sobretudo pela próxima geração.
Telmo Daniel – Escrita “Ambiental e Social e criativa”
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